segunda-feira, 9 de junho de 2008

Histórico (PARTE II)

Nascida nesse contexto e trazendo consigo a missão de promover a união entre a arte e a técnica, apresentou nos seus primeiros anos de funcionamento uma orientação mais individualista, valorizando a expressão pessoal do artista na concepção do produto. A escola começou a ocupar-se da produção de modelos de produtos para a indústria, consolidando a linguagem estética que caracteriza a Bauhaus. Esta estabeleceu os conceitos do design funcionalista e da didática desta nova atividade. Após o fim da chacina da I. Guerra Mundial em 1918 pelos marinheiros e soldados em Hamburg e Berlim; a guerra termina com o Acordo de Paz de Brest-Litovsk, concebido por Lenin. Os artistas e intelectuais que tinham participado nos combates voltam das trincheiras com a consciência de que a guerra era a manifestação do total absurdo e da bancarrota da sociedade burguesa. Em 1919, surge a Bauhaus na cidade de Weimar. Esta escola estatal se firma nos conceitos do Werkbund. O arquiteto Walter Gropius (1883-1969) é apontado para dirigir a nova Schule für Gestaltung. Este período inicial será posteriormente chamada a fase expressionista, porque se dá prioridade à expressão emocional e à individualidade dos estudantes. O primeiro Grundkurs (Curso Básico) é lecionado pelo pintor e ‘monge asceta’, o místico suíço Johannes Itten (conhecido pela sua obra Teoria das Cores). Em Weimar pretende-se fazer a síntese do trabalho dos artistas e dos artesãos, ignorando a produção em série industrial e capitalista. Essa ideologia dos primeiros anos está intimamente ligada ao movimento Arts and Crafts. Neste Curso Básico, também deram aulas Wassily Kandinsky, Paul Klee e Josef Albers. A influência do movimento de vanguarda holandês De Stijl e o vitalismo do Suprematismo e do Construtivismo da vanguarda soviética russa marcam a estética geral e a tipografia professa dentro da Bauhaus. O De Stijl foi um movimento de arte que enaltecia o controle racional do processo criativo — apropriando-se de sua morfologia baseada nas formas elementares e nas cores primárias. Essa orientação estética vinha ao encontro dos interesses da Bauhaus em estreitar o seu relacionamento com a indústria, com a produção em massa e com o emprego de máquinas. Moholy-Nagy entra na Bauhaus em 1923. Nos seus manifestos, o conceito de uma nova tipografia ocupava um papel central. Em 1923, é organizada a primeira exposição da Bauhaus, um esforço de promoção das idéias e práticas do instituto junto do grande público. O catálogo foi desenhado por Herbert Bayer. Porém parece não haver muito apoio do publico. Em 1925 os dirigentes da Bauhaus cedem à pressão da opinião pública e mudam a Escola para Dessau, uma cidade industrial em rápida expansão, na periferia de Berlim. Em Dessau, Gropius, diretor da escola, é encarregado de projetos de urbanização, e constrói para ela uma nova sede, são edifícios funcionais, adequados aos propósitos da Escola. Nesse mesmo período é criado o curso de Tipografia e Publicidade, associado à Oficina Gráfica e dirigido por Bayer. Em 1928, Gropius abandona a Bauhaus; na direção sucede-lhe o arquiteto suíço Hannes Meyer, dessa forma o funcionalismo é estabelecido como ideologia-mestre, porém sua gestão durou apenas 2 anos, em 1930, o arquiteto Mies van der Rohe é nomeado diretor da Bauhaus, este também não foi muito hábil em gerir a escola, até que no dia 10 de Agosto de1933, apenas 3 anos após a assunção do cargo a Bauhaus fecha suas portas. Com o fim da Bauhaus, os docentes optam pelo exílio, fugindo às represálias do Nazismo e evolução continua nos EUA, país para onde tinha emigrado boa parte dos exilados da Bauhaus. Um grupo de industriais norte-americanos decide fundar em 1937 em Chicago uma escola de Design e chama Moholy-Nagy para dirigi-la. Esta instituição, seria a New Bauhaus, que tempos depois viria a ser designada por School of Design e mais tarde Institute of Design. Hoje, existe apenas a instituição Bauhaus, esta pode ser visitada em Dessau: Bauhaus, Gropiusallee 38.

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